Por Renato Vargens
 
Tenho pensado muito na Igreja do meu Senhor. Na verdade eu a amo de todo meu coração. 
 
Creio profundamente que ela é a noiva do Cristo descrita nas Escrituras e que o Senhor há de buscá-la para as Bodas do Cordeiro.
 
No entanto, em virtude das mais variadas incongruências da Igreja, tenho visto inúmeras pessoas demonstrando sua incredulidade quanto ao futuro dessa igreja.
 
Prezado amigo, apesar dos pesares, eu ainda acredito na Igreja do Senhor. Há pouco, li um  maravilhoso texto  escrito pelo missionário Ronaldo Lidório que muito me edificou o qual compartilho abaixo e que tem tudo a ver com aquilo que as Escrituras dizem a respeito da noiva do Cordeiro
 
Vale a pena ler até o final! 
 
Renato Vargens
 
A Noiva está linda! (Ronaldo Lidório)
 
“Há um ar de desapontamento com a Igreja em nosso país. 
 
Ouço vozes esmorecidas e vejo olhares que não brilham mais. É o desencanto com a Noiva.
 
Noto que a desilusão vem pela tristeza ao ver cenários onde o louvor e a pregação se transformam em fonte de lucro e não consequência de corações transbordantes. Pela proliferação de igrejas cada vez mais cheias, porém aparentemente tão vazias, menos comprometidas com a Palavra, sem sede de santidade e paixão pelos perdidos. Segue pela tênue linha que por vezes parece não distinguir muito bem Igreja e mundo, especialmente quando o binômio interesse e finanças se apresenta,  e ainda pela dificuldade em identificar a Igreja de Cristo em meio aos movimentos religiosos.
 
O desencanto faz o povo  olhar para o passado e relembrar os velhos tempos. Comenta-se sobre os pastores à antiga  e  dias  quando a Igreja ainda via simplesmente na Palavra razão suficiente para o santo ajuntamento. Tempos quando o constrangimento por ser crente era resultado da discriminação, porém jamais identificação com o injusto e o desonesto.  Por fim suspira-se desanimado. 
 
Em momentos assim é preciso lembrar que Jesus jamais perdeu o absoluto controle sobre a história da Igreja. Jamais foi surpreendido por coisa alguma em todos estes anos. Jamais deixou de ser Senhor. Apesar das fortes cores de desalento a Noiva está sendo conduzida ao altar e o dia de brilho há de chegar.
 
Um amigo fez recentemente uma comparação entre a Igreja, a Noiva, e nossas noivas, nossas esposas. Levou-me a pensar no dia de meu casamento. Foi em 9 de dezembro de 1989. Já namorava Rossana há 4 anos e, apaixonados, chegamos ao grande dia. Apesar do amor e alegria pelo dia chegado tudo parecia fadado ao fracasso absoluto. As flores foram encomendadas erroneamente, a ornamentação do templo parecia jamais ter fim, o vestido apresentou defeitos de última hora, a maquilagem transcorria em um quarto apertado e com incrível agitação. A noiva chorou pelos desencontros do dia. O andar de cima da casa de meu sogro onde ela se arrumava tornou-se, aos meus olhos, em um pátio de guerra. Pessoas entrando e saindo apressadas, faces carregadas de ansiedade e um tom sempre apocalíptico a cada nova notícia. Ao longo dos anos percebi que os casamentos são parecidos neste ponto. A balbúrdia que cerca a noiva antecedendo seu momento de brilho é emblemática. Aos olhos do passante que vê a agitação sem fim, nada parece ter esperança. 
 
Fui para a  cerimônia esperando o pior. Jamais seria possível contornar todos os imprevistos, e  o impensado  poderia acontecer: a noiva não estaria pronta! Enquanto pensava nisto, ali no altar, eis que ela chega. Estava linda, uma verdadeira princesa. O rosto sorridente, o caminhar lento e seguro, o vestido alvo como a neve, simplesmente perfeita . A música, a ornamentação, as palavras, tudo se encaixava. Que milagre poderia transformar um dia de caos em um momento de brilho tão belo? 
 
As horas de luta, as lágrimas derramadas, os desencontros e desalento foram rapidamente esquecidos e um só pensamento pairava naquele saguão: a Noiva estava linda.
 
Talvez vivamos hoje dias melancólicos ao visualizar a Igreja quando manchas e mazelas tentam levar nossa esperança para o cativeiro da desilusão crônica. A casa está desarrumada, o vestido da Noiva não nos parece branco, há graves rumores de que ela não ficará pronta. 
 
É, porém, em momentos assim que Deus intervém. Lava as vestes do Seu povo, levanta o caído, renova o profeta, purifica  a Igreja  e nos dá sonhos de alegria.
 
Chegará o dia, e não tarda, que seremos tomados por Jesus. Neste dia há de se dizer: Eis o Noivo, é o Senhor que conduz a Igreja. Jamais a deixou só. Como é fiel!
 
E creio que todos nós  também pensaremos, extremamente admirados: Eis a Noiva, como está linda!”
 
“Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória;
porque são chegadas as bodas do Cordeiro,
e já a sua noiva se preparou” (Apocalipse 19:7)