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Crianças cristãs, principalmente meninas, são alvo de grupos radicais islâmicos que atuam na região. Na foto, crianças em escola em Uganda (foto ilustrativa)

Uma escola no distrito de Kasese, no oeste de Uganda, foi atacada na noite de ontem, 16 de junho. Perto da meia-noite, pelo menos cinco militantes do grupo extremista islâmico Forças Democráticas Aliadas (ADF, da sigla em inglês) atacaram a Escola Secundária Lhubiriha, em uma comunidade cristã.  A região onde fica a Escola Secundária Lhubiriha é onde a ADF atua principalmente hoje. Nossas fontes informaram que a maioria, se não todas as crianças que frequentam a escola, são cristãs.

A escola está localizada a cerca de 55 quilômetros de Kasese, perto da fronteira com a República Democrática do Congo. Fontes locais da Portas Abertas compartilham que pelo menos 42 pessoas, a maioria crianças, morreram no ataque. Além disso, várias meninas foram sequestradas e outras estão gravemente feridas.

De acordo com reportagens locais e internacionais, o exército de Uganda acredita que o grupo ADF é o responsável pelo ataque. O grupo realizou o ataque queimando os prédios da escola, enquanto as crianças ainda estavam dentro, e saqueando o depósito de alimentos.

“Temos informações de que militantes passaram duas noites aqui antes de invadirem a escola. Enviamos helicópteros para serem usados em nossa busca e operação de resgate aos alunos que foram sequestrados”, afirma Maj Gen Olum, das Forças de Defesa Popular de Uganda (UPDF, da sigla em inglês).

Os estudantes sequestrados foram usados para transportar a comida saqueada para o Parque Nacional de Virunga. A UPDF continua comprometida com seu mandato de proteger o povo de Uganda e suas propriedades, disse o porta-voz, Brig Geb Felix Kulayigye.

A UPDF, ao lado do exército nacional da República Democrática do Congo (RDC), passou quase dois anos perseguindo a ADF em uma operação conjunta.

O ADF se originou no leste de Uganda nos anos 1990 e depois migrou para o nordeste da RDC, onde desde então cresceu em número e força. O grupo extremista não tinha uma lealdade clara ao Estado Islâmico, no entanto, em 2019, o EI reivindicou a responsabilidade por um ataque do ADF e fez referência pela primeira vez a uma “Província da África Central” (braço do Estado Islâmico na África).

A Portas Abertas está envolvida com os cristãos perseguidos em Uganda desde 2003. O país é o 69° na Lista de Países em Observação e você pode saber mais acessando a página exclusiva sobre o país clicando no link.